Vicentino | Garrafeira Soares

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Vicentino



Quando, há 30 anos, Ole Martin Siem veio para Portugal, o seu background agrícola, dado pelo seu percurso académico e profissional, permitiu-lhe reconhecer neste país as condições de solo e clima ideais à produção vitícola. Nasceu na Noruega, mas o seu trabalho, ligado à produção e comércio de frutas, levou-o a viajar um pouco por todo o mundo. De todos os contextos e países, foi em Portugal que se deixou fascinar pelos vinhos alentejanos e pelas deslumbrantes paisagens da Costa Vicentina. Foi aqui, onde o mar e as escarpas se encontram num ecossistema único, que escolheu plantar as suas vinhas e são as uvas que daqui se retiram, fruto de horas de trabalho e dedicação, que dão origem ao Vicentino.

A lenda que dá nome a esta costa remonta aos tempos de D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, que enviou uma expedição para recuperar relíquias de S. Vicente que se sabiam sepultadas na costa de Sagres. Nesta busca, o navio divagava pela costa sem sucesso, altura em que um bando de corvos surpreendeu a tripulação e os guiou até ao sepulcro procurado. Duas destas aves, fieis guardiãs de S. Vicente, acompanharam o navio com as relíquias ao longo da costa, na sua viagem de volta a Lisboa. Os corvos, popularmente chamados de Vicente, ainda hoje se encontram na hoje designada “Costa Vicentina” por onde o barco passou.

Na Zambujeira do Mar, onde as elevadas temperaturas alentejanas são atenuadas pelo Atlântico, a concentração típica da viticultura do interior é equilibrada pela frescura e humidade do mar, conduzindo a uma maturação ideal. As uvas amadurecem, assim, de forma lenta e equilibrada, com Invernos frescos e húmidos, Verões amenos e a constante presença dos ventos marítimos, criando vinhos onde a elegância se sobrepõe à robustez.